A Angústia de Eros

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A ANGÚSTIA DE EROS

TRECHO ... 

A angústia ― termo derivado do latim “angostura” ― implica um certo estado afetivo de mal-estar, descrito, em sentido amplo, como uma sensação de sufocação diante de um perigo iminente inevitável que o indivíduo não consegue controlar. Este é o estado de Eros, o deus do amor. Este contexto no qual se idealiza a objetificação do corpo tem ocupado um espaço lucrativo na publicidade dos meios de comunicação de massa. Daí a busca frenética pelo corpo perfeito nas academias, clínicas de estética, cirurgias plásticas, cosméticos, aplicação de silicone, inscrições de tatuagens na pele, e tanto outros atributos de natureza estética. As imagens de subjetivação do corpo tendem às formas de aparência estranha e exótica, talhada por inscrições que estimulam a exaltação do corpo transfigurado. De certa forma, a síndrome da angústia de Eros nos tempos atuais é a ameaça de uma existência amorosa sem erotismo, onde lateja a sexualidade de corpos anônimos, esvaziados da identidade de seus sujeitos.

De fato, parece que na vida humana o amor está sempre na dependência de um objeto inatingível. Pois, quando o objeto desejado me chega, o que existe é o prazer, e o desejo se desfaz. Mas, como o prazer é efêmero, o que ele nos oferece está sempre envolto em uma aparente satisfação, cuja permissividade é moldada por um momento íntimo de fugacidade, no qual o objeto escapa da minha posse. Neste instante, o desejo outra vez se insinua como possibilidade, sempre retomando o ritmo da ambiguidade afetivo-emocional, numa busca indelével pelo objeto desejado, sempre mediado pela falta.

É exatamente na modernidade que essa visão de Eros é consagrada como a mais significativa expressão do amor romântico, ou seja, aquele sentimento que identifica Eros como experiência máxima da vivência amorosa, assumindo uma trajetória vivencial calcada na comunicação intersubjetiva da afetividade, onde o afeto transita de pessoa para pessoa. Erich Fromm, psicólogo americano, vai dizer que para os amantes circula uma comunicação de que: “Se  eu  amo o outro, sinto-me um só com ele, mas com ele como ele é, e não na medida em que preciso dele como objeto para meu uso”.

A recepção na cultura moderna dos mitos de Eros e Thanatos advém da mitologia grega. Para os gregos, Eros representa o amor irracional, os instintos mais primitivos, que impulsionam à satisfação dos desejos libidinosos, da fome e da sede, além de incendiar o ardor do amor no coração dos homens e mitigar os seus desejos libidinosos com o ato sexual. E, por isso, é-lhe atribuído a tendência da conservação dos “instintos de vida”, com forte ingerência na integridade e na manutenção do ser humano. Mas, contrário a Eros existe o “deus da morte”, Thanatos, que além de englobar os desejos para satisfazer os impulsos da autodestruição e da agressividade, tem o condão de arrastar o organismo a uma condição inanimada, ao estado de desintegração, isto é, à morte.

Sigmund Freud, recorrendo aos mitos gregos, utiliza os mitos de Eros e Thanatos para fundamentar a sua teoria das pulsões de vida e de morte da psique humana, reconhecendo neles as duas forças que atuam em todos os seres vivos, começando a operar desde o nascimento. Entre essas duas forças há uma permanente luta que cria tensão, quer seja no indivíduo, quer seja na sociedade humana.

Se a vida sob a égide dos impulsos libidinais vitaliza a existência humana por atividades elevadas, como o amor, a tolerância, a solidariedade, visa igualmente multiplicar-se através da procriação, gerando mais vidas, que precisam de cuidado, de educação em seu desenvolvimento. Thanatos, pelo contrário, destrói, desune e impede a continuidade da vida, oferecendo a ela meios possíveis de autodestruição, tais como: ódio, guerra, assassinato, genocídio, depressão e suicídio.

Freud vai sustentar que existe um liame muito estreito e particularizado entre o somático e o psíquico. E que o móbile que promove essa integração é a pulsão (trieb), que atua como sendo algo ínsito ao funcionamento psíquico...

Ficha Técnica

Páginas    70

Edição     1ª

                    Ano    2020

Teorética Editorial

Caixa de texto: R$ 15,00
Caixa de texto: R$ 30,00

ISBN     978-65-991684-1-3

 

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